28/01/2014

Celebrou-se ontem o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Uma Exposição...


Exposição promovida pelo prof. Nuno Santos, Colaborador da Biblioteca!


O Livro em destaque na Biblioteca:



Sinopse
Tanto como os campos de concentração — com o que implicam de fome, frio, doença, violência e morte — interessa aqui um desses mundos pessoais e familiares que o nazismo destruiu, e que é das poucas coisas que tem cor frente ao cinzento cortante e ao silêncio.
 Separação, solidão e saudade estão omnipresentes; a lembrança ajuda a fugir do isolamento e do desterro, e dá lugar — no inóspito do campo (lager) — ao amor, à amizade e à solidariedade: à humanidade, ao fim e ao cabo.
 Se toda a violência está injustificada, a que põe fim à inocência ainda mais; contra ela, no processo de amadurecimento do protagonista, assistimos a um compromisso até à fusão com Vadío (única personagem com nome e etnia), que representa o reconhecimento no outro na catarse final.
 O protagonista anónimo de Fumo descobre a realidade, mas filtra-a com a memória de um passado melhor. O despertar magoa-o e leva-o a uma aprendizagem rápida: a dureza e dificuldade da situação, e o instinto de sobrevivência obrigam-no a ser um menino responsável.
 A inocência, mais que a impotência, marca o desenlace. Os inocentes não sobrevivem, dizia o Primo Levi; é o preço por ver a luz: a mão de Vadío apagando para sempre o medo e escrevendo com fumo uma palavra mágica sobre o céu da Polónia.
 Uma comovente história de Antón Fortes com intensas imagens da polaca Joanna Concejo, de grande sensibilidade e beleza, apesar de reflectir a realidade do protagonista, que se torna mais dura ao enfrentá-la recorrentemente com lembranças da vida de onde foi ou foram todos arrancados.
A Personalidade em destaque:

 Natural de Cabanas de Viriato, Aristides de Sousa Mendes, é um dos filhos mais ilustres do Concelho de Carregal do Sal. Diplomata da época do holocausto nazi, o Cônsul foi, acima de tudo, um homem generoso, exemplo de coragem e tolerância numa época em que as directivas do Governo Nacional eram colocadas acima de qualquer imperativo de consciência. E esse foi, acima de qualquer outro, o motivo que transformou Aristides de Sousa Mendes numa das grandes figuras do panorama histórico e político nacional. Através do desfolhar destas breves páginas pretende-se divulgar, dar a conhecer, de uma forma cativante, o Homem cujo gesto humanitário salvou a vida a mais de 30 mil pessoas que eram perseguidas pelo regime de Hitler. Foi este acto que conduziu Aristides de Sousa Mendes e toda a sua família à miséria. Aliás, o Cônsul faleceu, sozinho, no Hospital da Ordem Terceira, em Lisboa, no ano de 1954. Mas o seu gesto só muito mais tarde viria a ser reconhecido. No ano em que lhe prestamos homenagem, quando passa meio século sobre a sua morte, convidamo-lo a descobrir passagens da sua vida a que continuam alheios muitos de nós. Aristides da Sousa Mendes, estou em crer, merece-nos este carinho, este gesto... esta memória!

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